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quarta-feira, 20 de abril de 2011

AMOR... SÓ TEM UM????

Depois da minha separação, essa questão tem me pertubado muito.
Alguns dizem que só amamos uma vez na vida, outros dizem que isso é lenda, que amamos quantos quisermos, é só darmos abertura.
Faz já um ano que me separei, e durante este período, tenho lido sobre o assunto, perguntado e debatido a questão.
Não sou ainda uma expert no assunto, cheguei a algumas conclusões pelas minhas próprias vivências e questionamentos.
Acredito que o amor Homem/Mulher, possa realmente ocorrer mais de uma vez numa única vida. Mas nunca igual.  Viver o amor depois da primeira vez é como ler de novo um grande Best-seller de suspense. Lógico que você vai ver coisas que não havia visto, detalhes que não foram percebidos, vai curtir novamente, pois o livro é muito bom e faz evocar um turbilhão de sentimentos. Mas uma coisa é certa, jamais uma segunda leitura será igual a primeira, nesta você criou milhões de diferentes expectativas, seu coração disparou mais vezes e com maior intensidade, suas mãos suaram pela incerteza, e sua única condição foi de mergulhar nesse abismo incerto cheio de adrenalina sem saber onde ia acabar.
Acredito portanto que podemos viver outros amores, mesmo porque existem várias maneiras de amar, mas não posso acreditar que eles possam ter a mesma intensidade da primeira vez, como também não posso acreditar que o amor verdadeiro possa vir a acabar. Se acabou é porque nunca existiu, foi mera ilusão, mera confusão de sentimentos, alguma grande paixão. Porque posso afirmar por experiência, que o amor é algo que não temos controle algum, não escolhemos, ele simplesmente acontece. Você casa, tem filhos, cria uma história pessoal, uma vivência a dois, então certo dia, depois de muitos anos juntos, um dia você vai dormir, depois de ter tido uma grande discussão, mas então você o vê deitado na cama ao seu lado, dormindo, e um sentimento de pleno carinho invade cada pedaço do seu ser e sem querer vem na sua cabeça: Como eu amo meu companheiro!
E eu garanto, que se você realmente sentiu isso um dia, vai entender quando digo que não acaba. O casamento acaba, mas o amor não, mesmo que ele fique mais adormecido, ele continua lá.
Mas acredito também que nesse mundo maluco que a gente vive, onde o ter é muito mais importante do que o ser, onde só se respeitam as leis se elas tiverem punições realmente severas, não pela boa convivência, onde tudo é descartável, e a novidade é que impera, onde falar eu te amo é o mesmo que bom dia, são poucas as pessoas que conseguem chegar a sentir o verdadeiro amor, pois ele demanda sacrifícios e muita, mas muita paciência. E não este amor volúvel, egoísta, que os comerciais e filmes nos mostram. Segundo Bauman, são "Amores líquidos", sem consistência, sem entrega, sem humildade e coragem.
O amor num relacionamento é super valorizado, concordo, nem sempre ele é suficiente. Mas espero que as pessoas possam amadurecer e enxergar que os grandes valores estão nas coisas mais simples e mais próximas, como família, amizade e solidariedade. E que a qualidade sempre vai superar a quantidade. Assim quem sabem seremos mais felizes e teremos um mundo muito melhor.

PARÁBOLA DA SIMPLICIDADE

PAULINE E O POTICHE CHINÊS

Pauline era uma pobre e iletrada faxineira.
Durante vinte anos, Pauline zelara pela limpeza e boa ordem do luxuoso apartamento de Mme. Henriette, localizado nas cercanias da Place de la Concorde, no pulsante coração de Paris.
Patroa e empregada davam-se muito bem, apesar das flagrantes diferenças de educação e personalidade. Mme Henriette era mulher culta, bem-nascida, mas surpreendentemente simples. Simples no trato e, principalmente, no modo de pensar. Em oposição, a confusa Pauline mal sabia assinar o nome e fazia de qualquer gota d'água uma verdadeira tempestade.
Certa manhã ao chegar para mais um dia de trabalho, a empregada deparou-se com as duas filhas de sua patroa. "Sinto muito Pauline", disse-lhe a mais velha, dispensando rodeios, "mas, de hoje em diante, não iremos mais precisar dos seus serviços. Mamãe já esta bastante idosa e, finalmente, concordou em morar comigo na Riviera. Este apartamento será fechado e colocado à venda." Notando a expressão atônita de Pauline, resolveu esclarecer melhor: "Eu e minha irmã Sophie achamos mais conveniente levar mamãe daqui o quanto antes, para evitar que ela se arrependa da decisão tomada. Para que prorrogar um desfecho que será inevitável? Você compreende, não é? Aqui estão o seu pagamento do mês e uma pequena gratificação!"
Com as mãos trêmulas, Pauline segurou o envelope.
Nesse momento, surgiu Mme Henriette e chamou a velha empregada para uma conversa particular. As filhas saíram da sala.
"Eu sei que tudo isso foi um choque pra você, minha boa Pauline. Contudo, já estou sentindo o peso dos anos e não pretendo lutar contra o desejo de minhas filhas. Não quero entretanto, parecer ingrata aos seus olhos. Sempre a considerei bem mais que uma simples criada. por isso peço-lhe que aceite uma recordação, um presente meu." E, dirigindo-se ao quarto, de lá voltou trazendo um pequeno potiche de porcelana chinesa. "Aceite-o Pauline. Minhas filhas, você as conhece bem são muito apegadas as coisas deste apartamento mas não se importarão ao vê-la saindo com esta pequena peça!" Mme. Henriette piscou um olho e sorriu.
Cheia de indignação, a empregada apanhou o potiche, disse um seco "Merci madame!" e retirou-se.
Sua cabeça fervilhava  quando alcançou a rua. Como madame pode fazer isso comigo? Eu, que a servi durante tantos anos... Eu, que sempre fiz muito mais do que era minha obrigação? De que me serve este enfeite de louça? Uma dama tão rica... Jamais pensei que madame fosse tão insensível, tão mesquinha! Ela deveria saber que eu também já estou velha. Será que não pensou nas terríveis dificuldades que terei que enfrentar?"
revoltada, retirou o poticvhe da sacola e colocou-o no chão, aos pés do famoso obelisco egípcio que há anos adorna a magestosa Place de la Concorde.
"Quem quiser essa porcaria, que faça bom proveito dela!" murumurou, ressentida. E seguiu seu caminho.
Minutos depois, um velho fotógrafo notou a graciosa peça de porcelana, abandonada à sombra do antigo monumento. 
Abaixou-se, apanhou-a e retirou-lhe a tampa.
Maravilhado, seus olhos contemplaram um belíssimo colar de brilhantes e duas magníficas pulseiras cravejadas de rubis, delicadamente protegidos por alvos chumaços de algodão.



A exemplar história de Pauline nos demonstra o quão lamentáveis podem ser os erros nascidos da pura falta de simplicidade.
Se Pauline não se tivesse deixado levar pelas interpretações precipitadas, que sempre ocorrem quando as emoções e o raciocínio se tornam confusos, teria percebidp a sutil piscadela de sua patroa; teria destampado o potiche e descoberto o legado generoso que continha. No entanto, como jamais fora pessoa simples, ela preferiu mergulhar em mil e uma considerações e juízos, deleitando-se morbidamente com o papel de injustiçada. Assim, acabou descartando o pequeno tesouro que lhe asseguraria a subsistência, até o final de seus dias.
Quantas Paulines não estarão, presentemente, atirando fora seus tesouros, suas oportunidades, os legados salvadores que Deus lhes encaminha? Lembremo-nos: até mesmo para destampar um potiche, para abrir uma determinada porta, ou para enxergar o que esta bem diante de nós... Necessitamos certo grau de clareza interior... Só a têm aqueles que, previamente, conquistaram a SIMPLICIDADE!

Texto extraído do livro: "O pequeno livro dos remédios da alma"
Erik W. Jann

ANALOGIA SOBRE PERDAS

Certo dia minha filha me perguntou com qual perda eu havia sofrido mais, a morte dos meus pais ou minha separação.
Tinha dito a ela que tinha sido a separação, e ela me questionou dizendo que eu havia feito essa escolha por ser a dor mais próxima.
Então me questionei se ela estava certa e por fim expliquei pra ela com a seguinte analogia.
Perder os pais é como retirar os dentes do siso quando estão inclusos. Dói, você sofre, tem que se acostumar sem eles, mas de certa forma você sabia que isso um dia iria acontecer.
Já a separação é como estar andando na rua cair e perder os dentes da frente. É uma perda muito significativa, envolve uma porção de sentimentos, como vergonha, tristeza, decepção, reestruturação, e adaptação de uma situação que você não poderia prever, e que jamais gostaria que acontecesse, e faz com que você demore muito tempo pra voltar a sorrir com naturalidade.

terça-feira, 12 de abril de 2011

OS DOIS LOBOS

"Uma noite, um velho índio Cherokee contou ao seu neto sobre a batalha que acontece dentro das pessoas. Ele disse: Meu filho, a batalha é entre dois lobos dentro de nós todos. Um é mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgostoso, auto-piedade, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras e falso orgulho.
O outro é bom. É alegria, paz, amor, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.
O neto pensou naquilo por alguns minutos e perguntou ao seu avô: Qual lobo vence?
O velho Cherokee respondeu: O que você alimentar mais.

A questão é: Qual você está alimentando hoje?

BEM VINDO À HOLANDA!

Freqüentemente sou solicitada a descrever a experiência de dar a luz uma criança com deficiência - uma tentativa de ajudar as pessoas que não tem com quem compartilhar essa experiência única, a entendê-la e imaginar como é vivência-la.
Seria como...
Ter um bebê é como planejar uma fabulosa viagem de férias - para a ITÁLIA! Você compra montes de guias, faz planos maravilhosos!
O Coliseu!
O David de Michelangelo. As gôndolas em Veneza. Você pode até aprender algumas frases simples em italiano. É tudo muito excitante.
Após meses de antecipação, finalmente chega o grande dia! Você arruma suas malas e embarca. Algumas horas depois você aterrissa. o comissário de bordo chega e diz:
- BEM VINDOS À HOLANDA!
"Holanda???!?!?" Diz você. " O que quer dizer com Holanda?!?!?! Eu escolhi a Itália! Eu devia ter chegado na Itália! Toda minha vida eu sonhei em conhecer a Itália!"
Mas houve uma mudança de plano de voo. Eles aterrissaram na Holanda e é lá que deve ficar.
A coisa mais importante é que eles não te levaram a um lugar horrível, desagradável, cheio de pestilenta, fome e doença. É apenas um lugar diferente.
Logo, você deve sair e comprar novos guias. Deve aprender uma nova linguagem. E você ira encontrar todo um novo grupo de pessoas que nunca encontrou antes.
É apenas um lugar diferente. É mais baixo e menos ensolarado que a Itália. Mas, após alguns minutos, você pode respirar fundo e olhar ao redor... e começar a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e até Rembrants e Van Goghs...
Mas, todos que você conhece estão indo e vindo da Itália... E estão sempre comentando o tempo maravilhoso que passaram lá. E por toda sua vida você dirá:
"Sim, lá é onde eu deveria estar. Era tudo que eu havia planejado."
E a dor que isso causa, nunca irá embora... Porque a perda deste sonho é uma perda muito significativa. Porém se você passar sua vida remoendo o fato de não ter chegado a Itália, nunca será livre para apreciar as coisas belas e muito especiais sobre a Holanda.

Emily Perl Knisley - 1987

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Resolvi abrir meu blog com este texto, pois ele abrange todas as grandes perdas e grandes transformações que ocorrem em nossa vida. Não podemos escolher o que vamos passar, mas com certeza, como passar, só cabe a nós. Portanto... Sempre esteja aberto para poder aproveitar a Holanda!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Analogias, Metáforas e Parábolas

analogia
a.na.lo.gi.a
sf (gr analogía) 1 Qualidade de análogo. 2 Proporção matemática ou igualdade de razões. 3 Semelhança de propriedades. 4 Semelhança em algumas particularidades, de funções etc., sem que haja igualdade atual ou completa: Não há como negar a analogia entre o coração e uma bomba aspirante-premente. 5 Filos Identidade de relação entre seres de natureza diferente. 6 No ocultismo, método lógico intermediário entre a dedução e a indução, pertencente à teoria. Antôn: diferença. Raciocinar por analogia: julgar pelas semelhanças que existem entre os fatos.

metáfora
me.tá.fo.ra
sf (gr metaphorá) Ret Emprego de uma palavra em sentido diferente do próprio por analogia ou semelhança: Esta cantora é um rouxinol (a analogia está na maviosidade).

parábola
pa.rá.bo.la
sf (gr parabolé, pelo lat) 1 Geom Curva plana cujos pontos são eqüidistantes de um ponto fixo (foco) e de uma reta fixa (diretriz) ou curva resultante de uma seção feita num cone por um plano paralelo à geratriz. 2 Curva que um projétil descreve. 3 Narração alegórica que contém algum preceito moral: As parábolas de Cristo encerram ensinamentos admiráveis. 4 Antena de recepção e transmissão do equipamento de microondas, usada na televisão. P. helicoidal: curva gerada por uma parábola ordinária cujo eixo se enrola em torno de uma circunferência.